De Conrad ao HQMIX, autores amazônidas vivem momento histórico e colocam o Norte no centro da cena dos quadrinhos nacionais.
O Brasil está vivendo uma verdadeira pororoca criativa vinda do Norte, e os quadrinhos são a prova mais contundente disso. Nos últimos meses, a produção amazônida conquistou marcos históricos que colocam a região no centro do mapa das HQs nacionais.

O movimento Norte em Quadrinhos, por exemplo, firmou uma parceria inédita com a Editora Conrad, uma das maiores do país. A colaboração estreia com o lançamento digital de A Última Flecha, obra de Emerson Medina e Romahs Mascarenhas, que mergulha na resistência indígena em uma trama de magia e vingança ambientada na Amazônia.

Paralelamente, o prestigiado Troféu HQMIX, considerado o “Oscar dos quadrinhos brasileiros”, revelou uma lista de indicados marcada pela presença amazônida: 14 menções ao Norte em diferentes categorias, reforçando a potência da região. Obras como Onde Habita o Medo, Maramunhã – Na Terra do Waraná e coletivos como Quadrinhos à Margem estão entre os destaques.
E não para por aí. Em outubro, a Panini lança MSP 90, edição comemorativa dos 90 anos de Mauricio de Sousa, que reúne uma seleção de quadrinistas de todo o país. Entre eles, quatro artistas nortistas — Tai, Ademar Vieira, Gidalti Junior e Karipola — mostram como a diversidade e a riqueza cultural da Amazônia estão moldando as novas leituras da Turma da Mônica.
Essa onda criativa que surge como uma pororoca dos quadrinhos do Norte não apenas resgata a força cultural da Amazônia, mas também projeta a região como o que sempre foi. Um dos polos mais vibrantes e inovadores da atual cena nacional. Se antes o olhar estava voltado quase exclusivamente para os grandes centros do Sudeste, hoje o Norte ergue sua voz e mostra que suas histórias vieram para ficar.

O futuro dos quadrinhos no Brasil passa, cada vez mais, pelas páginas que nascem da Amazônia.
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