julho 7, 2025
Cinema

Ángela: explicamos o final tenso da minissérie Netflix

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No desfecho de Ángela, protagonista enfrenta armadilha psicológica e acaba internada, deixando dúvidas sobre o real e o imaginário na trama espanhola.

A minissérie Ángela, lançada pela Netflix em 4 de julho, entrega um suspense que prende o espectador até o último segundo. Inspirada em Angela Black, a produção espanhola acompanha Verónica Sánchez no papel de uma mulher refém de um casamento abusivo, em que a linha entre manipulação mental e realidade se esvai a todo momento.

Nos episódios finais, Ángela decide reagir ao descobrir o envolvimento de Eduardo — seu suposto aliado — num plano para assassinar o marido, Gonzalo. Num refúgio improvisado com as filhas, ela tenta abortar o crime, mas retorna ao esconderijo para encontrar Eduardo aparentemente morto. Quando confronta Gonzalo e a polícia chega, Ángela é surpreendida ao ser tratada como suspeita principal.

Sem evidências e com um histórico que reforça o rótulo de instável, Ángela perde o controle da própria narrativa. Mesmo negando ter assassinado o marido e alegando ter sido vítima de violência, ela é internada em uma instituição psiquiátrica. A derradeira sugestão de que Eduardo talvez nunca tenha existido joga por terra qualquer certeza, deixando o público em dúvida: tudo não passou de um delírio em busca de proteção?

O desfecho de Ángela reforça o poder do gênero thriller psicológico ao mostrar como a mente pode virar a maior armadilha para quem sofre manipulação. A série fecha as pontas soltas, mas escancara o vazio deixado pela dúvida: o inimigo de Ángela era real ou produto de seu trauma?

Editor
Ilustrador, cartunista e quadrinista com mais de 30 anos de carreira. Premiado internacionalmente, destaca‐se pela crítica ácida e humor irreverente. Agora, como editor do HQPOP, ele traduz a cultura pop com ousadia e criatividade.

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