Cinco quadrinhos LGBTQIAP+ para conhecer e celebrar a diversidade o dia do orgulho com histórias tocantes e representativas.
28 de junho é o dia do orgulho LGBTQIAP+, e não há maneira melhor de celebrar do que mergulhando em narrativas que representam histórias, amores e lutas da comunidade. Selecionamos cinco quadrinhos — entre nacionais e internacionais — que trazem protagonistas e universos diversos, perfeitos para reconhecer a força e a pluralidade das vozes LGBTQIAPN+. Confira:
Camelot 3000

A minissérie cult escrita por Mike W. Barr e ilustrada por Brian Bolland, publicada originalmente em 1993, é uma épica releitura da lenda arturiana que introduziu subtextos e personagens queer, tornando-se um marco na representatividade LGBTQIAP+ nos quadrinhos mainstream.
Na trama, o Rei Arthur desperta no ano 3000 para reunir os cavaleiros da Távola Redonda contra uma invasão extraterrestre. Entre os personagens, destaca-se uma versão feminina de Tristão, além de outras identidades de gênero não convencionais para a época, levantando debates sobre diversidade em plena fantasia medieval.
Camelot 3000 mostra como a cultura pop pode reimaginar clássicos sob uma lente inclusiva, provando que até em reinos lendários há espaço para todas as cores do amor e da identidade.
Luzia

Esta releitura do clássico literário cearense “Luzia-Homem”, de Domingos Olímpio, é assinada pelo roteirista Zé Wellington e ilustrada por Débora Santos — artista indicada ao Eisner Awards 2023.

A história se passa durante a Grande Seca (1877–1879), uma das mais devastadoras do país. Luzia, conhecida como Luzia-Homem pela força física incomum, luta para sobreviver no sertão enquanto enfrenta o preconceito, a doença da mãe e o machismo institucionalizado. A HQ explora gênero, resistência e afeto, e se atualiza visualmente por meio do traço expressivo de Débora.
Uma obra impactante, que renova um clássico da literatura com olhar contemporâneo e identidade visual potente.
As Gerações

Escrita e ilustrada por Flavia Biondi, a HQ acompanha Matteo, um jovem gay que retorna à casa da avó após uma desilusão amorosa. Lá, convive com tias e uma prima grávida, reencontrando as pequenas alegrias da vida e enfrentando os traumas do passado — especialmente a rejeição paterna.
Embora a homossexualidade esteja no centro da jornada de Matteo, o foco da narrativa é a convivência familiar e os vínculos afetivos. Biondi constrói uma novela gráfica sensível e tocante sobre amadurecimento, pertencimento e reconstrução pessoal. Um retrato honesto de como diferentes gerações se encontram e se transformam.
Heartstopper

Criada pela britânica Alice Oseman, Heartstopper é uma das HQs LGBTQIAP+ mais influentes da atualidade. Com traço delicado e narrativa cativante, acompanha o romance entre Charlie Spring, um garoto gay, e Nick Nelson, um jogador de rúgbi que começa a explorar sua sexualidade.
O quadrinho trata com leveza temas como identidade, saúde mental, amizade e autoaceitação. A adaptação para a Netflix ampliou ainda mais sua repercussão, consolidando a obra como símbolo contemporâneo de representatividade positiva nas narrativas queer juvenis.
O Príncipe e a Costureira

Nesta fábula moderna de Jen Wang, Frances é uma jovem costureira que descobre ter sido contratada para vestir ninguém menos que o príncipe Sebastian — que à noite se transforma em Lady Crystallia, uma drag queen apaixonada por moda.
A história trata com sensibilidade as questões de gênero, identidade e expressão individual. O romance entre os dois cresce à medida que enfrentam o medo do julgamento e a pressão social, revelando uma jornada de empoderamento e aceitação. Com arte belíssima e roteiro envolvente, a HQ emociona e inspira.
Essas cinco HQs oferecem janelas potentes para vivências LGBTQIAPN+: da fantasia épica ao drama familiar, do romance adolescente à releitura de clássicos literários. Aproveite o mês do orgulho para apoiar quadrinistas e editoras que colocam a diversidade no centro de suas histórias — e lembre-se: representatividade é visibilidade, educação e, acima de tudo, celebração do amor em todas as suas formas.
E você? Tem alguma HQ LGBTQIAP+ que marcou sua vida? Compartilha com a gente nos comentários!