Yasha: Legends of Demon Blade promete ação intensa, mas será o suficiente?
À primeira vista, Yasha: Legends of Demon Blade parece um jogo promissor. A interface do menu é bem construída e caprichada, com animações fluidas que demonstram um certo cuidado na apresentação. Desde o início, o jogo recomenda o uso de um controle (PS5, Xbox, etc.), e a disposição dos comandos é bastante intuitiva, facilitando a adaptação. Além disso, a configuração dos gráficos é simples e acessível, permitindo que o jogo rode bem na maioria das máquinas do cenário atual.
Quando a jornada começa, a narrativa é introduzida de maneira direta, utilizando quadros estáticos ilustrativos para apresentar o universo do jogo. A premissa é clássica: uma guerra iminente entre humanos e demônios coloca o protagonista, escolhido pelo jogador, na missão de restaurar a paz entre os povos.
No início, há apenas três personagens selecionáveis, cada um com um estilo único de combate baseado em espadas ou punhos. Isso, no entanto, limita um pouco a variedade de progressão dentro do game. A trama é simples e um tanto clichê, com um desenvolvimento raso até o momento, mas que se justifica pela proposta mais focada na ação e nos combates.
A mecânica lembra bastante um hack-and-slash, com uma grande quantidade de inimigos exigindo atenção constante para um combate eficiente. A jogabilidade se destaca por ser acessível e de fácil aprendizado, proporcionando uma progressão fluida. Há um sistema de parry, mas nada que se compare à complexidade dos jogos no estilo Soulslike.
O jogo, até então, se mostra como uma experiência simples e divertida para passar o tempo, sem exigir longas horas de grind. Isso pode agradar quem busca algo mais descompromissado, mas também pode afastar jogadores que preferem desafios mais profundos e complexos. A demo, no entanto, deixa transparecer alguns pontos que precisam de melhorias. Por exemplo, as cutscenes de fundo em 3D são meras imagens estáticas, enquanto os personagens animados em 2D continuam o diálogo, o que pode quebrar um pouco a imersão. Além disso, NPCs aliados e inimigos parecem genéricos e pouco carismáticos.
Vale ressaltar que minha experiência foi apenas com a demonstração, ou seja, ainda há espaço para a história ser melhor desenvolvida e para que novos níveis tragam melhorias significativas. Esse pequeno “gostinho” oferecido pela demo conseguiu despertar a curiosidade para a versão completa, mas se o jogo continuar no ritmo atual, pode acabar não cativando um público mais amplo, considerando a concorrência com títulos mais robustos tanto em narrativa quanto em gameplay.
Portanto, se você está interessado em Yasha: Legends of Demon Blade, talvez valha a pena aguardar o lançamento da versão completa para avaliar melhor como o jogo evoluirá. Dependendo das correções de bugs, adição de conteúdo e polimento geral, ele pode se tornar um título digno de recomendação. Até lá, segue como um projeto promissor, mas que ainda precisa provar seu potencial.