A 41ª edição do prêmio celebrou mestres da nona arte e revelou os melhores quadrinhos e autores que dominaram o cenário nacional este ano.
A cena brasileira de quadrinhos acaba de celebrar seus maiores talentos. A Associação de Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP) revelou, no dia 22 de dezembro de 2025, os grandes nomes que levaram o 41º Troféu Angelo Agostini para casa. A premiação, que é um termômetro essencial para a nona arte no país, misturou o reconhecimento de carreiras históricas com o fôlego da nova produção independente.
Um dos momentos mais emblemáticos desta edição foi a consagração dos novos Mestres do Quadrinho Nacional. Entre os homenageados, Gian Danton fez história ao se tornar o primeiro quadrinista da região Norte a receber este título. Ao lado dele, ícones como Adão Iturrusgarai, Márcia D’Haese e Zélio Alves Pinto também entraram para o seleto grupo de lendas da premiação.

Na categoria de Melhor Quadrinho, a obra Gibi de Menininha: Damas da Noite, da Zarabatana, garantiu o topo do pódio, enquanto Orixás: Griô levou o troféu de Melhor Quadrinho Independente. A força narrativa de Triscila Oliveira foi reconhecida como Melhor Roteirista pelo trabalho em Quarto de Despejo, e Jefferson Costa brilhou como Melhor Desenhista com Quando Nasce a Autoestima?.

A premiação também destacou a importância de quem fomenta o ecossistema das HQs. Thiago Ferreira (Comix Zone!) foi eleito o melhor editor, e Mariana Viana (Fora do Plástico) venceu como jornalista especializada. No ambiente digital, Alexandre Linck, do canal Quadrinhos na Sarjeta, conquistou a categoria de melhor podcaster ou youtuber.
O prêmio reforçou ainda o impacto social da arte. O Prêmio Jayme Cortez foi entregue à deputada Benedita da Silva, autora do projeto que deu origem à lei que reconhece cartuns, charges e grafites como manifestações legítimas da cultura brasileira. Para fechar com chave de ouro, a genialidade de Laerte Coutinho foi novamente reverenciada na categoria de Melhor Desenhista de Humor Gráfico.

Com vencedores que vão da ancestralidade de Orixás ao humor ácido das tirinhas, o Angelo Agostini 2025 prova que o quadrinho brasileiro não apenas sobrevive, mas dita tendências e ocupa espaços cada vez maiores.




