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Ancestralidade que pulsa em cada página

Uma obra que une arte, ancestralidade e resistência: Os Indígenas, a Mãe Terra e o Bem Viver é um manifesto poético pela harmonia entre o homem e a natureza. Foto/ Emerson Coe

Os Indígenas, a Mãe Terra e o Bem Viver: uma celebração poderosa da ancestralidade e um chamado urgente para reconectar o humano à Terra.

Ademario Ribeiro Payayá constrói um ritual. Em “Os Indígenas, a Mãe Terra e o Bem Viver“, o autor reúne poesia, narrativa e tradição oral para tecer um tributo arrebatador à Terra, aos povos originários e ao conceito ancestral de Bem Viver. Mais do que uma leitura, a obra é um chamado à reconexão com nossas raízes e com o planeta.

Um manifesto literário
Ademario, que domina línguas ancestrais como o guarani e o patxohã, narra e canta a história de sua terra e de seu povo. A força de seu texto está em sua pluralidade: celebrando a diversidade cultural dos povos indígenas enquanto revela um elo comum – a defesa inabalável da Mãe Terra e a busca por harmonia em meio ao caos moderno.

Em tempos de urgência climática e crises de identidade, a mensagem do autor é um ato de resistência. Sua escrita reverbera como um grito de guerra e um abraço reconfortante, misturando indignação e esperança em doses perfeitas.

O poder da imagem
As ilustrações de Mauricio Negro é reconhecido internacionalmente por seu trabalho inovador, Negro traduz visualmente a alma do texto. Com traços marcantes e cores que vibram em sintonia com o espírito da obra.

Traços que contam histórias: as ilustrações de Mauricio Negro em Os Indígenas, a Mãe Terra e o Bem Viver são um convite visual à ancestralidade e à conexão com a Mãe Terra. Foto/ Emerson Coe

Um prêmio mais que merecido
Ao vencer o Prêmio Akuli – Categoria de Tradição Oral em 2024, “Os Indígenas, a Mãe Terra e o Bem Viver” crava seu lugar como uma obra essencial não só para a literatura indígena, mas para a cultura brasileira como um todo. Ademario não escreve apenas para os povos originários – ele escreve para todos que buscam entender sua conexão com a Terra e com as pessoas ao seu redor.

Por que você deve ler?
Para ser lido e para ser sentido. Cada palavra carrega séculos de história, cada ilustração pulsa com vida. Se você se interessa por cultura, justiça social ou simplesmente por grandes narrativas, “Os Indígenas, a Mãe Terra e o Bem Viver” é indispensável.

A obra é uma trilha sonora para quem busca viver em harmonia com o mundo. Ademario Ribeiro Payayá é um maestro, e seu livro, uma sinfonia que ecoa nas margens da história e nas profundezas da alma.

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