Nova portaria destrava os games de tiro e alinha o país à febre global dos eSports regulados
Agora é oficial: Counter-Strike, Valorant e Fortnite estão liberados para apostas no Brasil. A nova portaria do Ministério do Esporte, publicada no Diário Oficial em 23 de abril, amplia o leque de eSports autorizados para o mercado de “bets” — que já movimenta bilhões no mundo.
Até então, o governo só permitia apostas em jogos reconhecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Ou seja, o universo dos FPS (tiros em primeira pessoa) — justamente onde está o grosso da audiência gamer — ficava de fora. Agora, a lógica mudou: qualquer torneio de eSports que tenha autorização oficial do desenvolvedor está dentro. E com isso, os gigantes CS, Valorant e Fortnite entram no jogo.
O avanço acontece em sintonia com a chamada Lei das Bets (Lei nº 14.790/2023), sancionada em dezembro passado. A norma foi um divisor de águas no Brasil: estabeleceu regras claras para apostas esportivas de quota fixa, regulou impostos e determinou como o dinheiro arrecadado deve ser distribuído — com fatias para áreas como saúde, educação e segurança pública.
Mais do que uma questão econômica, a decisão traz reflexos diretos para o cenário competitivo dos games. Pela primeira vez, jogadores profissionais, desenvolvedores e organizadores podem vislumbrar um sistema de apostas com controle, transparência e retorno financeiro para quem está do lado de dentro do servidor.
Ainda há restrições importantes — como a proibição de apostas em competições formadas apenas por menores de idade. Mas, no geral, o recado foi dado: o Brasil finalmente entrou no radar dos eSports regulados. E com um headshot certeiro.
