Entenda por que a maior premiação de HQs do mundo enfrenta revolta. Gestão tóxica e denúncia motivam o boicote #NOFIBD2026.
Revolta Internacional: Artistas Exigem o Fim do Contrato do Festival de Quadrinhos de Angoulême
O Festival de Quadrinhos de Angoulême, considerado o mais importante do mundo para as Histórias em Quadrinhos (HQs), enfrenta uma crise monumental. Neste sábado, 8 de novembro, artistas franceses importantes usaram suas redes sociais para apoiar publicamente o boicote ao evento de 2026.
A campanha de revolta, que se concentra na hashtag #NOFIBD2026, exige o fim do contrato com a produtora 9èmeArt+, responsável pela realização do festival.
Os motivos do protesto são diversos e graves. As publicações dos artistas mencionam problemas persistentes com a 9èmeArt+, incluindo gerenciamento tóxico, suspeitas de nepotismo, falta de transparência financeira e um declínio perceptível na qualidade das ofertas disponibilizadas aos criadores.
O Escândalo que Pôs Fogo na Crise
Apesar das acusações de má gestão, o ponto central da revolta e o estopim da campanha de boicote é um caso chocante ocorrido na edição de 2024 do festival.
Uma funcionária da 9èmeArt+ foi vítima de estupro por um dos contratados durante o evento. A situação atingiu um nível de absurdo quando, após a denúncia realizada pela vítima à empresa, ela foi imediatamente demitida.
A justificativa da 9èmeArt+ para o desligamento da funcionária foi a alegação de que “seu comportamento não era compatível com a imagem da empresa”. Esta atitude gerou uma onda de indignação que impulsionou o movimento de boicote, com o objetivo de pressionar o Festival de Quadrinhos de Angoulême a romper de vez com a produtora 9èmeArt+.
A comunidade de quadrinhos agora se mobiliza para garantir que a edição de 2026 do festival não siga adiante com a gestão da empresa envolvida nos escândalos.
