dezembro 12, 2024
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Feira Motim celebra 10 anos na 15ª edição de arte impressa.

Mais de 250 artistas reunidos em um espaço vibrante e inspirador. Quem aí já está ansioso para a próxima edição? Foto: Leonardo Dressant

Feira Motim: 15ª edição celebra 10 anos de uma das principais feiras de arte impressa do Brasil

Neste último final de semana, o Museu Nacional da República foi palco de uma explosão de criatividade e arte. A 15ª edição da Motim — Feira Colaborativa de Arte Impressa — celebrou uma década de existência reunindo mais de 250 artistas locais e nacionais. O evento transformou o espaço em uma verdadeira festa das artes gráficas, oferecendo ao público uma rica diversidade de quadrinhos, zines, gravuras, ilustrações e pôsteres.

Para Leandro Mello, idealizador e produtor da feira, essa trajetória de 10 anos é motivo de orgulho. “A Feira Motim já alcançou sua 15ª edição em uma década, reunindo cerca de 250 artistas de diversos estados do país em cada evento. Convido a todos a participarem das próximas edições. A feira acontece duas vezes por ano e é aberta ao público”, destacou.

Leandro Mello – idealizador e produtor da feira

O evento, que começou em 2014 com apenas 30 expositores, consolidou-se como uma das principais feiras colaborativas de arte impressa do Brasil. Além de apresentar trabalhos autênticos, o objetivo da Motim sempre foi fomentar a interação entre criadores e público. Essa troca foi algo destacado por Felipe Manhães, quadrinista carioca que participou pela segunda vez do evento. “Percebo que a feira possui uma variedade gráfica imensa. O público aqui é muito receptivo, e o fluxo de pessoas durante os dias do evento é bem intenso. Vale a pena o esforço de vir do Rio de Janeiro para Brasília para divulgar meu trabalho”, comentou.

Felipe Manhães – Quadrinista

Conheça mais o artista: @tirinhasmgeg

Outro destaque foi Rafa Bonfim, quadrinista, professor de arte e tatuador, cujo trabalho autoral aborda os orixás e tornou-se nacionalmente conhecido com a HQ Teen Orixás. Ele elogiou a oportunidade de conectar-se com outros criadores. “Acho essa feira maravilhosa, pois reúne artistas do Brasil inteiro. É um local excelente para trocar informações, conhecer a história de cada artista e explorar um pouco do trabalho de todos. Essa troca é muito importante.

Rafa Bonfim – Quadrinista

Conheça mais o artista: @rafab.onfim/

Além da riqueza visual, a feira também abriu espaço para discussões temáticas e ambientais, como demonstrou Pattrícia Orgaraiz, artista brasiliense e cientista ambiental. Em suas ilustrações, ela celebra o bioma do Cerrado e promove a conscientização ambiental. “Uso esse espaço para abrir discussões sobre questões ambientais, trazendo o Cerrado para o centro das atenções. As pessoas estão se surpreendendo com as ilustrações botânicas e mostrando grande receptividade.

Pattrícia Orgaraiz – Artista independente

Conheça mais a artista: @orgaraiz

A diversidade de propostas foi um dos pontos altos do evento. Manaíra Abreu, da Bebel Books, destacou a ótima recepção das obras feministas da editora, como Boy Dodói e o Pequeno Manual de Defesa Pessoal, de Helô D’Angelo, que esgotaram. “A feira é muito rica culturalmente e diversa. Os livros e pôsteres têm tido um retorno incrível, mostrando que essas mensagens ressoam profundamente com as pessoas”, afirmou.

Manaíra Abreu – Bebel Books

Conheça mais a artista: @bebelbooks

Para Tainha, artista independente de Brasília, a Motim vai além da exposição: é uma celebração da união entre criadores. “A feira é o encontro de vários artistas independentes, e é algo com que eu realmente me identifico. É lindo ver estilos tão variados compartilhando algo em que todos acreditam.

Tainha – Artista independente

Conheça mais a artista: @tainha

A diversidade de propostas foi um dos pontos altos do evento. Leonardo Dressant, quadrinista do Pará, também destacou a importância da feira para artistas independentes. “Acho que feiras como a Motim são muito importantes para nós, pois conseguimos levar nossos produtos para um novo público. Além disso, elas atuam no intervalo entre as instituições e o mercado de arte, servindo como um lugar tanto de troca de ideias quanto de experimentação para os artistas, sejam iniciantes ou aqueles mais experientes“, afirmou, expressando sua gratidão por poder compartilhar seu trabalho na feira, que ele considera uma excelente plataforma de visibilidade para quem vem de fora, como ele, que viajou de Belém exclusivamente para o evento.

Leonardo Dressant – Quadrinista

Conheça mais o artista: @leonardodressant

Ao longo desses 10 anos, a Motim consolidou-se como um evento de preços acessíveis que fomenta a criação e o consumo artístico local. A cada edição, o público tem a oportunidade de encontrar algo novo e único, enquanto os artistas podem transformar seus trabalhos em produtos e conectar-se com pessoas de todo o Brasil.

Ao fim desta 15ª edição, as inscrições para a próxima já foram abertas, convidando novos criadores a integrar o projeto. Segundo Leandro, a curadoria busca artistas que combinem qualidade, criatividade e potencial de crescimento, mantendo a essência colaborativa e inovadora que tornou a Motim uma das mais importantes ações culturais do país.

MAIS INFORMAÇÕES:

@edicoesmotim

Quadrinista, ilustrador, escritor e artista multimídia. Criador da Turma do Pitiú e Xibé, que são histórias de dois urubus que moram no mercado do Ver-o-Peso em Belém do Pará e falam sobre questões ambientais.

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