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Hired 2 Die tem potencial, mas sofre com servidores vazios

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O novo terror cooperativo tenta seguir os passos de Phasmophobia, mas a baixa base de jogadores podem selar seu destino.

À primeira vista, Hired 2 Die impressiona com uma interface inicial bem construída. O menu principal estabelece um tom misterioso e levemente aterrorizante, criando a ambientação perfeita para um jogo de terror cooperativo. No entanto, ao iniciar a partida, o jogador é levado a um lobby semelhante ao de Phasmophobia. A disposição dos elementos nesse espaço é coerente com a proposta estética do jogo, oferecendo um design decente e funcional.

Entretanto, a experiência começa a apresentar problemas na seleção de mapas. O jogo não oferece uma indicação clara sobre qual cenário corresponde ao tutorial, exigindo que o jogador explore as opções para deduzir por conta própria. Essa falta de orientação não chega a ser um grande obstáculo, mas destaca um problema muito mais crítico: a baixa quantidade de jogadores ativos. O vazio nos servidores torna a experiência solitária e pouco envolvente, especialmente considerando que Hired 2 Die foi projetado para ser jogado em equipe, com um esquadrão de até quatro pessoas. A dificuldade de encontrar partidas públicas reduz drasticamente a imersão e o dinamismo do jogo, o que pode desmotivar novos jogadores.

Diante disso, decidi dar uma chance e jogar solo. Dentro da experiência, a estética simples e robusta remete aos jogos da era PlayStation 2, o que, curiosamente, adiciona um charme nostálgico à jogabilidade. No entanto, mesmo com gráficos básicos, notei uma performance inconsistente. Rodando em um PC de médio/alto desempenho, esperava uma taxa de quadros mais estável. No menu principal, o jogo registrava 240 FPS, mas dentro das partidas, essa taxa oscilava entre 55 e 80 FPS, algo inesperado para um jogo visualmente modesto.

Apesar dessas dificuldades, o tutorial é bem estruturado e intuitivo, permitindo que o jogador compreenda rapidamente as mecânicas do jogo. No entanto, a experiência seria muito mais interessante se houvesse outros jogadores disponíveis para compartilhá-la. O baixo número de servidores ativos é preocupante: mesmo em horários de pico, encontrei no máximo dois ou três lobbies, todos já iniciados e fechados para novas entradas.

Dessa forma, Hired 2 Die se torna um jogo difícil de recomendar para quem pretende jogá-lo sozinho. Existem experiências single-player de terror muito mais envolventes e bem executadas. O título claramente busca inspiração em sucessos do gênero multiplayer cooperativo, como Phasmophobia e Devour, mas esbarra em falhas estruturais que dificultam sua ascensão no mercado competitivo de terror. O jogo tem potencial, mas, sem uma base sólida de jogadores e ajustes técnicos, seu crescimento será desafiador.

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