Com gráficos otimizados, combate polido e enredo sombrio, RPG soulslike surpreende até jogadores exigentes
À primeira vista, Khazan impressiona com uma apresentação inicial de qualidade. O menu e a interface são bem elaborados e de fácil compreensão. Um dos grandes destaques, sem dúvida, são os gráficos, que se mostram extremamente bem otimizados e acessíveis até mesmo para computadores mais modestos. A estética combina um visual em estilo cartoon/anime com um toque sutil de realismo, resultando em uma direção de arte equilibrada e agradável. Mesmo em configurações gráficas máximas, o desempenho se mantém estável em setups intermediários ou de entrada, desde que acompanhados por uma GPU e memória RAM minimamente adequadas.
Nesse sentido, o jogo se apresenta como uma excelente alternativa dentro do universo soulslike, especialmente por ser mais leve do que títulos como Elden Ring ou Lords of the Fallen, que exigem configurações mais robustas. Além disso, Khazan oferece uma progressão de jogo bastante consistente e de alta qualidade.

Analisando o enredo e a gameplay centrados no protagonista Khazan, percebe-se uma narrativa caótica e dramática, que se entrelaça com um estilo de combate tenso e desafiador — marca registrada do gênero. Essa combinação se mostra bastante eficaz na construção da ambientação e do envolvimento emocional com a história. No que diz respeito à parte mecânica, os combates são intensos, visualmente impactantes e bem polidos. Durante minha experiência, encontrei pouquíssimos bugs ou artefatos visuais, o que reforça o cuidado técnico da produção.

Os NPCs são bem desenvolvidos, com designs coerentes e, em alguns casos, até únicos, variando conforme o cenário ou o ponto da narrativa. Mas o que mais se destaca, na minha opinião, são as bossfights e a progressão até seus clímaxes. Há combates com múltiplas fases e transformações, que exigem mudanças estratégicas e testam a paciência do jogador — e você definitivamente vai precisar dela.

Voltando ao enredo, o jogador acompanha as tribulações e o sofrimento enfrentado por Khazan: humilhação, traição e manipulação por parte de seu próprio império e rei. Esses eventos servem como catalisador para sua ascensão movida pelo desejo de vingança. Ao longo da jornada, essa motivação se fortalece conforme superamos inimigos cada vez mais desafiadores, em batalhas que se tornam não apenas difíceis, mas também dramaticamente recompensadoras. É uma trajetória marcada por dor, perseverança e justiça, construída batalha após batalha.


Durante essa caminhada, também encontramos aliados e momentos significativos ao lado deles, que ajudam a amenizar o tom melancólico da narrativa. Essa alternância entre sofrimento e companheirismo adiciona profundidade emocional à experiência, enquanto exploramos diferentes mundos e enfrentamos obstáculos em busca de redenção.
No geral, Khazan é um jogo extremamente competente em sua proposta. Sua versão Deluxe pode valer a pena, dependendo do preço, principalmente pelos conteúdos adicionais e skins inclusos. A trilha sonora, os gráficos, a jogabilidade e a narrativa contribuem para uma experiência rica, desafiadora e imersiva. Recomendo fortemente dar uma chance a essa obra — é bem provável que você não se arrependa.
3 Comentários