Cantora paraense transforma perdas pessoais em uma celebração de resiliência, com clipe gravado nas ruas de Belém.
Direto das ruas de Belém do Pará, a cantora e compositora Naty Tainá estreia seu primeiro projeto audiovisual profissional, “O Tempo”. Produzido de forma independente, o clipe é um reflexo visceral de sua jornada de superação, abordando temas como luto, fé e resiliência.
Uma narrativa de dor e superação
Criada em 2021, “O Tempo” é um testemunho. A composição carrega o peso da perda, inspirada pela morte da mãe de Naty em 2003. A artista explora como o tempo pode ser um remédio para feridas emocionais profundas, com versos que mesclam poesia e reflexões sobre saúde mental.
No clipe, as paisagens urbanas de Belém servem de cenário para versos como:
“Eu sou forte e guerreira, minha força é natureza… Fiz da força fortaleza, nada abala minha grandeza.”
Essas palavras ecoam como um manifesto de resistência e transformação, pilares da mensagem que Naty leva às ruas e ao público.
Independência e resistência artística
Sem patrocinadores ou empresários, Naty encontrou nas ruas sua plataforma e sustento. Cantando em pontos turísticos, barcos e transportes coletivos, ela financiou instrumentos, equipamentos e sessões de estúdio com o apoio do público que acreditou em seu talento.
“Enfrentei o preconceito estrutural que ainda existe contra artistas de rua”, conta Naty. “Mas a conexão genuína com quem me ouvia foi o que me deu forças para continuar.”
A arte como propósito
Para Naty, cada composição é uma ferramenta de transformação. Suas letras misturam histórias pessoais com mensagens motivacionais, criando um espaço para reflexão e conexão. “Eu não quero apenas entreter; quero impactar, inspirar e mostrar que é possível superar as adversidades sem perder a essência”, afirma.
O futuro: novas histórias, novos sons
Com mais de 20 projetos em andamento, incluindo o recém-finalizado videoclipe “Artista de Rua”, Naty está apenas começando. Suas próximas produções incluem uma exploração das vertentes do rap, como trap e drill, e até um EP de love songs, demonstrando sua versatilidade artística.
Os lançamentos seguirão uma linha narrativa: do relato pessoal à mensagem motivacional, sempre ancorados em sua vivência. “Quero que minha história inspire outras pessoas, assim como a música me salvou”, reflete.
Uma jornada movida pelo público
A força de Naty vem do apoio do público, tanto nas ruas quanto nas redes sociais. “É graças a essas pessoas que consigo realizar meus projetos e continuar acreditando no poder transformador da arte”, diz.
Com “O Tempo”, Naty Tainá prova que é possível criar algo autêntico e poderoso mesmo em meio às adversidades. Seu trabalho é um lembrete de que a arte, quando feita com alma, transcende barreiras e toca corações. Este é só o início de uma jornada que promete ecoar muito além das ruas de Belém.
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