Um grito de resistência ecoa da Amazônia: a cena punk de Belém ganha voz em “Belém Underground”.
Belém do Pará, com suas ruas que ecoam histórias de resistência, torna-se o pano de fundo do documentário “Belém Underground – Histórias de uma Cidade Invisível”. Em estreia neste final de semana no Fábrika Studio, o filme mostra a trajetória do movimento punk paraense, que há quatro décadas persiste como um grito contra o provincianismo.
Realizado pela Equipe Reduzida, o documentário é um mergulho na cena punk dos anos 80; é um retrato real de uma Belém que resiste.
Uma cidade invisível, uma cena indomável
Longe dos holofotes, Belém pulsa com uma energia caótica e desafiadora. “Belém Underground” capta essa essência ao explorar a gênese do punk na cidade, dos primeiros acordes distorcidos aos icônicos eventos como o Terceiro Rock 24 Horas. O documentário vai fundo nas histórias de quem viveu — e ainda vive — o movimento, criando uma linha do tempo que mistura sonhos, revoltas e resistência em um cenário amazônico pouco explorado pelo resto do país.
DIY e cultura independente em pauta
A estreia não é apenas uma exibição, mas um evento que celebra o espírito Do It Yourself. Após a sessão, marcada para as 15h30, um bate-papo promete discutir como o movimento punk moldou uma geração que aprendeu a fazer arte e cultura à margem do sistema. Tudo isso regado a som mecânico, cervejas e as famosas “potocas” — aquelas histórias exageradas que só um bom encontro proporciona.
Por que você deve ir?
Se você acha que o punk é só sobre música, “Belém Underground” vai te provar o contrário. É sobre resistir quando tudo ao redor diz que não vale a pena. É sobre redescobrir uma Belém que não está nas páginas dos guias turísticos.
Então, se você estiver por Belém, anote na agenda: Fábrika Studio, sábado, 14h. Com acesso é 100% gratuito, o punk vive. E está mais perto do que você imagina.
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