novembro 26, 2025
Literatura

Ozzy Osborn revela álbum caótico em “O Último Ritual”

Ozzy Osbourne: O Príncipe das Trevas reflete sobre a vida de excessos, o colapso físico e a consagração tardia em sua nova biografia. Foto/Reprodução.

“Príncipe das Trevas” detalha o inferno das gravações de Ozzmosis e a emoção de seu show de despedida com o Black Sabbath. Pré-venda já começou no Brasil!

Ozzy Osbourne afronta o caos em nova autobiografia, detalhando crises e o melhor show da carreira

O ícone do rock, Ozzy Osbourne, prova mais uma vez que é indestrutível ao lançar suas memórias definitivas. Intitulado Ozzy Osbourne: O Último Ritual, o livro chega ao Brasil pela Belas Letras e já está em pré-venda a partir de 3 de dezembro. Nestas páginas, o Príncipe das Trevas utiliza a sinceridade brutal e o humor ácido que marcam sua trajetória para revelar momentos íntimos, desde a dor do declínio físico até a inesperada parceria com Post Malone.

A obra é um testemunho final de um artista que sobreviveu a tudo: drogas, fama, quedas e ao próprio corpo castigado.

O Álbum que quase o destruiu

Se você achava que sabia tudo sobre os excessos de Ozzy, prepare-se para o relato sobre Ozzmosis. O vocalista confessa que este foi o álbum mais irritante e difícil de toda a sua carreira. A pressão já era imensa, mas o comportamento do produtor Michael Beinhorn foi “torturador”, conforme relatado. Beinhorn exigia que Ozzy cantasse em uma linha diferente de microfones para cada verso, resultando em dezenas de takes diários. Para suportar o exaustivo processo de gravação, Ozzy acabou se afundando em vodca e codeína líquida.

Mas se Ozzmosis foi o pior, qual foi o melhor show?

Ozzy elege o Monsters of Rock de 1984, em Castle Donington, como a sua melhor performance de todos os tempos. Curiosamente, ele não era a atração principal, mas estava “fora de órbita” antes de subir ao palco e precisou de uma injeção de Decadron para aguentar. Apesar do caos, a entrega foi “destruidora”, segundo o próprio músico.

A luta contra o declínio e a parceria improvável

Ozzy mostra sua resistência incansável. Entre momentos cômicos e dolorosos, o músico relembra como o apoio de sua família foi essencial. Foto/Divulgação/Belas Letras

O Último Ritual detalha como a vida de excessos e a implacável passagem do tempo pareciam ter finalmente derrotado Ozzy5. Aos 69 anos, durante sua turnê de despedida em um momento triunfal, ele sofreu um contratempo banal: uma infecção no dedo. Em questão de semanas, isso se transformou em um colapso físico devastador que o deixou paralisado do pescoço para baixo.

Post Malone e Ozzy Osbourne, Novembro de 2019 um encontro improvável (Kevin Winter/AMA2019/Getty Imagem para dcp)

No entanto, sua resistência foi incansável. Ele compartilha como o apoio familiar foi crucial. Após desistir da reabilitação, sua filha Kelly o convenceu a retornar ao estúdio4. Esse incentivo resultou em uma das colaborações mais improváveis da música pesada: a parceria com o rapper Post Malone. Ozzy também aborda momentos delicados, como a confusão causada pelos medicamentos durante o Grammy de 2014, quando ele repetiu a mesma frase três vezes ao apresentar Ringo Starr.

A despedida emocional de Lemmy e o show final

O livro traz uma das lembranças mais emocionantes de sua vida: os últimos dias de seu amigo de longa data, Lemmy Kilmister, vocalista do Motörhead. Ozzy recorda o último encontro dos dois durante uma turnê na América do Sul, quando Lemmy já mostrava sinais claros de que o fim estava próximo.

Em sua última autobiografia, Ozzy relembra seu melhor show, seu disco mais caótico, últimos momentos com Lemmy Kilmister e o show de despedida. Foto/Divulgação/Belas Letras

Para fechar o ciclo, o vocalista celebra um dos momentos mais importantes de seus últimos anos: o show de despedida “Back to the Beginning”. Ele relata os ensaios com o Black Sabbath, as lágrimas de felicidade que dividiu com seus filhos e amigos como Slash, e descreve a performance como o seu “melhor remédio” desde o início dos problemas médicos em 2019.

Editor
Ilustrador, cartunista e quadrinista com mais de 30 anos de carreira. Premiado internacionalmente, destaca‐se pela crítica ácida e humor irreverente. Agora, como editor do HQPOP, ele traduz a cultura pop com ousadia e criatividade.

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